Administração do capital de giro

A administração do capital de giro é um desafio para o empresário, pois nem toda empresa consegue formar uma reserva própria que garanta a manutenção do negócio sem recorrer a empréstimos. Administrar o capital de giro significa garantir os recursos necessários para manter a empresa em funcionamento, sem recorrer a financiamentos com recursos externos.

Sem um capital de giro, não é possível explorar novas oportunidades de negócios, como a possibilidade de uma promoção para compra de mercadorias para reposição do estoque, por exemplo. Em alguns casos, quando os prazos de pagamento dos fornecedores são curtos e o prazo de recebimento das vendas é longo, a empresa sem capital de giro precisará antecipar o recebimento das vendas a prazo no banco, o que poderá comprometer as suas margens de lucro e o resultado do seu negócio. Para realizar a administração do Capital de Giro, é importante compreender os Ciclos Operacional e Financeiro da empresa, que abrangem a visão das entradas e saídas de recursos. Eles auxiliam na análise da necessidade do capital de giro. Essa análise leva em consideração o prazo médio que as mercadorias ficam paradas no estoque, o prazo médio de pagamento dos fornecedores e os prazos médios do recebimento das vendas.

O Ciclo Operacional inicia com a compra das mercadorias e vai até o recebimento relacionado à sua venda. Sendo assim, uma parte do capital de giro pode ser financiada pelos fornecedores, de acordo com os prazos de pagamento. Por esse motivo, é recomendável que a empresa negocie estes prazos e, no caso de haver recurso disponível em caixa, negocie um bom desconto para pagamento à vista.

O Ciclo Financeiro, ou Ciclo de Caixa, compreende o tempo do pagamento dos fornecedores até o recebimento do valor correspondente às vendas da empresa. Assim, quanto maior for o prazo dos fornecedores, mais dinheiro a empresa terá em caixa, e menor será o Ciclo Financeiro. Com isso, a empresa terá uma menor dependência de pagamento de juros bancários, por exemplo.

Nesse sentido, um objetivo importante para as empresas é buscar alternativas que resultem em ciclos financeiros reduzidos, observando as limitações do mercado e o setor onde atuam.

Através da Necessidade de Capital de Giro, sob a ótica do ciclo financeiro, é possível identificar se a sua empresa conseguirá arcar com os custos operacionais do dia-a-dia. Caso fique identificado que a empresa não conseguirá arcar com esses custos, você terá a informação de quando a falta de Capital de Giro ocorrerá.

Para concluir nosso assunto de hoje, vou dar um exemplo prático, sob a ótica do ciclo financeiro:

Uma empresa com prazos médios de estoque em 15 dias, prazo médio de recebimento das vendas em 90 dias, e prazos médios de pagamentos dos fornecedores em 60 dias, terá um ciclo financeiro de 45 dias, ou seja, em média, a empresa necessita ter recursos disponíveis para giro no equivalente a 45 dias de vendas. Se as vendas médias diárias alcançarem mil reais, a empresa precisará de um capital de giro de 45 mil reais.

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